Resenha: Carl Barât and The Jackals – Let It Reign


Muito conhecido por seu trabalho como guitarrista e cofundador do Libertines, Carl Barât, ao lado de Pete Dorothy, conseguiu o sucesso muito rápido. Mas logo que seu companheiro de grupo começou a se envolver com drogas, Barât fundou uma nova banda, o Dirty Pretty Things – infelizmente, o disco não foi bem nas paradas e a banda acabou em 2008.

Ele se manteve ativo, lançou um disco solo com seu nome em 2010 e, no fim do último ano, anunciou que estava à frente de um novo grupo. Carl Barât and The Jackals lançou o primeiro disco, Let It Reign, na última semana.

Ao começar com "Glory Days", Barât dá um recado: o britpop está mais vivo do que nunca. O refrão, o uso de guitarras dominando toda melodia, o refrão épico e bem fácil de decorar, ajuda muito ao ouvinte a entrar no clima do álbum logo na primeira audição. Mais suave, "Victory Gin” usa de efeitos no vocal gritado em uma faixa bem pop que deve fazer o público pular nos shows.

Com apenas alguns segundos de audição, quase pensei que "Summer In The Trenches" seria o novo single de Miles Kane, mas, claro, a voz inconfundível de Carl Barât toma conta da canção dançante. Ela fala muito sobre a carreira de ambos, principalmente sobre as influências de Kane. E "A Storm Is Coming", outra bem dançante, é puro britpop.

Milimetricamente colocada depois de dois momentos agitados, a balada "Beginning To See" teria feito muito sucesso entre o fim dos anos 1990 e início dos anos 2000. Uma pena, mesmo, que saiu apenas em 2015. Sexta faixa, "March Of The Idle" é mais gritada e mais agitada, e o vocalista parece dar tudo de si. Mais fraca até aqui, "We Want More" tem cara de ser aquele single que todo fã gosta por ser fácil de cantar e sem muita pompa.

Mas "War Of The Roses" é um alívio, porque essa é, de verdade, uma ótima canção que teria tudo para ser um clássico do Libertines se Barât tivesse a lançado há 15 anos. A punk "The Gears" serve como prólogo de "Let It Rain", a faixa-título encerra o álbum em um clima ameno, sem pressa e muito leve.

Não é um disco perfeito, tem suas falhas aqui e ali, mas tem canções ótimas e funciona muito bem. Talvez passe em branco para algumas pessoas. Porém é um bom retorno para quem estava tanto tempo sem lançar nada inédito.

Tracklist:

1 - "Glory Days"
2 - "Victory Gin"
3 - "Summer In The Trenches"
4 - "A Storm Is Coming"
5 - "Beginning To See"
6 - "March Of The Idle"
7 - "We Want More"
8 - "War Of The Roses"
9 - "The Gears"
10 - "Let It Rain"

Nota: 3/5


Veja também:
Resenha: Randy Brecker with the DePaul University Jazz Ensemble – Dearborn Station
Resenha: Napalm Death - Apex Predator - Easy Meat
Resenha: Pond - Man It Feels Like Space Again
Resenha: Peace – Happy People
Resenha: 24Pesos – Do The Right Thing
Resenha: Father John Misty - I Love You, Honeybear
Resenha: Pneu - Destination Qualité

Siga o blog no Twitter, Facebook, Instagram, no G+, no no Tumblr e no YouTube

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!