Dez resenhas curtas de discos #5

Mais uma vez, são cinco discos nacionais e cinco internacionais

Os discos lançados neste ano por Amigo Imaginário, Baauer, Bande Dessinée, Cachorro Grande, Eric Bachmann, Inner Kings, Kendrick Lamar, Snarky Puppy, Valciãn Calixto e Woods estão presentes na seção. Boa leitura!


Baauer – Aa 

Surpreendentemente curto, a estreia do produtor e DJ Baauer em disco é bem boa. Com pouco mais de meia hora, o álbum é cheio de samplers e referências famosas – tem até o Jonathan da Nova Geração. Agradará quem gosta de dançar.

Nota: 3/5 


Eric Bachmann – Eric Bachmann 

Se dá para ter uma certeza é da imensa qualidade pop de "Separation Fright", uma canção absurdamente boa e um oasis no meio de um disco completamente morno. São 39 minutos de boas melodias, mas letras apenas medianas.

Nota: 2,5/5 


Kendrick Lamar – untitled unmastered. 

Diferente de To Pimp a Butterfly, essa compilação mostra mais o lado R&B e soul de Kendrick Lamar. Lançada com imenso barulho no início do ano, mostra como o cantor pode dar um passo adiante em sua carreira e ainda fazer um bom trabalho – mesmo sendo demos de coisas não lançadas.

Nota: 3,5/5 


Woods – City Sun Eater In The River Of Light 

É difícil definir o gênero musical do Woods, mas posso garantir uma coisa: é o disco desconhecido mais divertido de 2016. Com várias canções diferentes entre si, o trabalho acaba fazendo sentido. E mais: é leve, e você ficará com vontade de ouvir mais e mais vezes. Uma das surpresas do ano.

Nota: 4/5


Snarky Puppy – Culcha Vulcha 

O trabalho é muito bom do início ao fim. A segunda faixa, "Semente", é uma clara inspiração vinda da música brasileira, uma mistura entre forró e jazz absurdamente linda. Só isso já é suficiente para ganhar o ouvinte, mas ha muito mais nesse belo registro instrumental.

Nota: 4/5 

Veja também:
Dez resenhas curtas de discos #4
Dez resenhas curtas de discos #3
Dez resenhas curtas de discos #2


Cachorro Grande - Electromod 

A incursão da banda pelo eletrônico é das melhores novidades na música brasileira. Depois de algumas baladas e ser inspirado pelo rock inglês dos anos 1960, o Cachorro Grande aumentou o peso das letras e das batidas, dando um rumo interessante à carreira depois de mais de 15 anos do primeiro álbum.

Nota: 3,5/5 


Valciãn Calixto - Foda! 

Sabe aquele disco que toca seu coração? Esse é o caso de Foda!, de Valciãn Calixto. As canções, declamadas ao melhor estilo Lou Reed, são de uma profundidade e sinceridade incríveis. Os depoimentos são tocantes, assim como as escolhas de cada faixa. O resultado é surpreendentemente bonito.

Nota: 4/5


Amigo Imaginário - A Vida Que Falta 

A Vida Que Falta parece ser a união entre Ivan Lins e o Pink Floyd dos anos 1970, dando um ar art rock bem interessante. As belas melodias unem-se ao vocal suave e nada truncado, e tudo flui como um rio correndo para o mar. Vale dar uma orelhada.

Nota: 3,5/5 


Bande Dessinée - Destemida 

Difícil pensar que esse disco passou despercebido na maioria dos lugares. As boas melodias e letras caem muito bem nessa banda pernambucana, que não tem vergonha de assumir todas as referências, nem de esconder o delicioso sotaque. Um dos ótimos discos lançados no Brasil neste ano.

Nota: 4,5/5 


Inner Kings – HIGH

Apesar do vigor juvenil das canções em inglês, o Inner Kings passa a impressão de cantar sempre a mesma coisa. Para quem gosta de um hard rock curto e direto, até pode ser uma boa. Um disco bom que lembrará a juventude de quem tem mais de 25 anos.

Nota: 3/5

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