Guitarrista contou que está com uma doença irreversível
O final de semana de futebol foi bom para descansar e colocar cabeça em ordem, apesar de ter sido difícil não pensar na notícia da doença de Eric Clapton. O guitarrista de 71 anos revelou ao mundo no último sábado que sofre de neuropatia periférica, "uma condição comum que afeta nervos periféricos, responsáveis por encaminhar informações do cérebro e da medula espinhal para o restante do corpo (...) pode causar danos permanentes aos nervos, sendo muitas vezes um problema incapacitante e até mesmo fatal".
As causas podem ser as mais diversas, desde uma simples diabetes até excesso de álcool e drogas. Quando a doença evolui, um dos problemas é a dificuldade em fazer coisas simples, como abotoar uma camisa. E é aí que as informações mais recentes sobre a carreira de Clapton começam a fazer mais sentido.
Ele vem colocando de lado os shows - não viajará mais para Ásia, por exemplo. Há poucos dias, lançou um novo disco de estúdio cheio de covers de grandes nomes do blues, soando uma despedida antecipada da carreira. No ano de comemoração dos 50 anos do Cream, não deixa de ser uma notícia triste saber desse tipo de coisa.
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É difícil e muito doloroso ler esse tipo de coisa, ainda mais em um ano em que perdemos David Bowie e Prince, falando exclusivamente da música. É duro, mas nossos ídolos estão morrendo e não podemos fazer nada sobre o assunto. A realidade é dura. Encará-la é o melhor que podemos fazer, porque se esconder ou evitá-la é sempre pior.
Se Deus está doente, o que será de nós, meros mortais? Não somos nada, no fim das contas. Mas Clapton não se abateu: “A vida é boa comigo”, disse.
É mesmo. E ainda bem que temos a música para ser nossa companheira nesses momentos de reflexão.
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