Resenha: Palma Violets – Danger in the Club


Um dos problemas que acompanham o Palma Violets desde seu início foi o hype excessivo que a NME, semanário inglês, colocou na banda. Foi tanta expectativa, capas, matérias especiais e outras coisas, que o público ficou saturado antes mesmo do lançamento de 180, de 2013, primeiro disco deles. Então aconteceu o esperado: surgiram outras bandas, e eles foram colocados para escanteio.

Dois anos depois, muito mais tempo que algumas bandas colocam entre o primeiro e segundo álbuns, eles lançam Danger in the Club, já sem tanta expectativa por parte da crítica especializada inglesa, que, certamente, descobriu a nova salvação do rock e deve ser a capa desta semana.

A introdução do registro começa com "Sweet Violets", de apenas 23 segundos, mas o disco começa para valer em "Hollywood (I Got It)", faixa que contém a típica ironia inglesa na letra, e eles seguem naquela pegada The Clash de ser – nem tanto ao punk, nem tanto ao rock, nem tanto ao pop. Agora, punk mesmo é "Girl, you couldn’t do much better on the beach", música veloz e bem agradável de ouvir.

Em uma pegada mais “balança a cabeça no ônibus”, "Danger in the Club" funciona muito graças aos vocais de apoio, que dão força para o vocal principal seguir em frente – a parte instrumental também é bem boa. A balada "Coming Over to My Place" não é tão boa pelo fato de parecer que o vocalista Samuel Fryer está cantando bêbado, porém isso muda em "Secrets of America", outro punk à Clash dos anos 1980.

Saindo do punk e entrando no modo acústico, "The Jacket Song" é agradável aos ouvidos e se sai melhor que a seguinte, "Matador", apenas uma canção bem (bem mesmo) ‘ok’. Indo melhor nas mais agitadas do que nas baladas, o Palma Violets acertou muito em "Gout! Gang! Go!", faixa feita para pular, dançar e agitar o ouvinte, enquanto "Walking Home" retorna ao lado mais pop do punk.

A mistura entre tom épico e algo próximo do que faz o Vaccines formam "Peter and the Gun", outra música mais ou menos, assim como "No Money Honey". E cabe a animada "English Tongue" para fechar o disco em 13 canções. Depois dos pouco mais de 40 minutos de audição, está claro que o Palma Violets deseja virar uma espécie de Clash do século 21, com as baladas, o lado mais pop e aliar tudo isso ao punk. Ainda falta encontrar o tom certo, mas há um caminho, mesmo em um registro irregular.

Tracklist:

1 - "Sweet Violets"
2 - "Hollywood (I Got It)"
3 - "Girl, you couldn’t do much better on the beach"
4 - "Danger in the Club"
5 - "Coming Over to My Place"
6 - "Secrets of America"
7 - "The Jacket Song"
8 - "Matador"
9 - "Gout! Gang! Go!"
10 - "Walking Home"
11 - "Peter and the Gun"
12 - "No Money Honey"
13 - "English Tongue"

Nota: 2,5/5


Veja também:
Resenha: Tulipa Ruiz – Dancê
Resenha: Hindi Zahra – Homeland
Resenha: Bill Laurance - Swift
Resenha: Mumford and Sons – Wilder Mind
Resenha: Passion Pit – Kindred
Resenha: Pélico – Euforia
Resenha: Zac Brown Band - Jekyll + Hyde