Resenha: Passion Pit – Kindred


Michael Angelakos é o responsável pelo Passion Pit, um projeto que alia o indie dançante atual, com synth pop e um quê de eletrônico. Em atividade desde 2007, o cantor já lançou dois discos de estúdio: Manners (2009) e Gossamer (2012). Três anos depois, ele retorna com Kindred, o terceiro álbum de sua curta carreira na música.

Com ajuda de Chris Hartz (bateria), Aaron Harrison Folb (baixo e sintetizadores), Giuliano Pizzulo (guitarra e sintetizadores), Pete Cafarella (sintetizadores) e Ray Suen (guitarra e sintetizadores), Angelakos inicia o registro com "Lifted Up (1985)" faixa feita para quem gosta de dançar nas pistas por aí, principalmente quem gosta desse tipo de disco – é aquela em que o tom sobe e desce no nível necessário para manter o ritmo dançante, além do refrão grudento. Segunda música, "Whole Life Story" é tão chata e desnecessária que a vontade de pular para a próxima foi imensa.

"Where the Sky Hangs" entra no modo Foster the People gratuitamente ao diminuir o ritmo e fazer algo mais calmo, mas ainda ruim, e nada melhora em "All I Want", outra que os indies modernos vão achar maravilhosa. Como diria aquele comentarista, é uma canção pífia e patética. Mais uma na linha dançante, "Five Foot Ten (I)" não empolga por ser mais do mesmo.

O nervoso só aumenta em "Dancing on the Grave". O tom épico da faixa parece ter sido fabricado do mesmo lugar em que o Arcade Fire tira o dele, só que este, no caso, veio com defeito por não fazer sentido algum. E ainda é muito maçante. Seguindo, até que "Until We Can't (Let's Go)" é bonitinha, animada e dá para colocar em uma festa sem problemas.

Se "Looks Like Rain" entra na lista das bonitinhas, "My Brother Taught Me How to Swim" entra naquelas que não deveriam fazer parte de qualquer disco existente na face da terra de tão previsível. Por fim, a curtinha "Ten Feet Tall (II)" não faz nem diferença ouvi-la porque parece continuação da anterior.

Para quem não tem paciência com esse tipo de banda, não chegue nem perto desse álbum. Para quem gosta desse indie dançante, cheio de firulas e embromação, vá fundo. Claramente, como vocês podem ler, estou no primeiro grupo com sobras.

Tracklist:

1 - "Lifted Up (1985)"
2 - "Whole Life Story"
3 - "Where the Sky Hangs"
4 - "All I Want"
5 - "Five Foot Ten (I)"
6 - "Dancing on the Grave"
7 - "Until We Can't (Let's Go)"
8 - "Looks Like Rain"
9 - "My Brother Taught Me How to Swim"
10 - "Ten Feet Tall (II)"

Nota: 1/5


Veja também:
Resenha: Pélico – Euforia
Resenha: Zac Brown Band - Jekyll + Hyde
Resenha: Kyle Eastwood – Timepieces
Resenha: Blur – The Magic Whip
Resenha: Maná - Cama Incendiada
Resenha: Gang of Four – What Happens Next
Resenha: Tom Cochrane – Take It Home