Cinco resenhas curtas de discos #3

Era para sair em maio, mas essa edição atrasou


Speedy Ortiz – Twerp Verse

Os americanos do Speedy Ortiz são aquele tipo de banda que botei fé antes de ser modinha. Um dos diferenciais do grupo é o ótimo vocal de Sadie Dupuis, que consegue cantar as faixas com uma sinceridade pouco vista nos dias atuais. E o grupo ajuda muito ao dar peso e leveza na hora certa. "Buck Me Off", "Can I Kiss You", "I'm Blessed" e "Moving In" são dos destaques de mais um trabalho muito bom por parte da banda.

Avaliação: muito bom


Spanish Love Songs – Schmaltz

O Spanish Love Songs é uma banda de pop punk bem parecia com aquelas que estouraram no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000. As faixas são bem trabalhadas até chegar no refrão mais agitado e, geralmente, com vocal gritado e guitarra bem presente. Dá para destacar "Sequels, Remakes & Adaptations", "Bellyache", "Otis / Carl" e "El Niño Considers His Failures" são os destaques do álbum, que fará as pessoas a partir dos 28 anos serem levadas pelo saudosismo.

Avaliação: bom


African Connection – Queens & Kings

Em 2016, a banda dinamarquesa Junglelyd excursionou por Gana com o músico ganense Atongo Zimba. Dessa turnê, nasceu uma parceria que uniu interesses em comum no African Connection – formado por Frank Ankrah, Abdulai Issaka Kyemtore, Kwesi Dankwah (todos de Gana), Maggie Cawley (EUA), Lasse Aagaard, Martin Robert Madsen, Lasse Enøe e Olaf Johannes Brinch (todos da Dinamarca). "Matanbaye", "Gbemegiwo", "Danmalio", "Babanato", "Dabina Meka", "Tou Tou", e "Dunia" são os destaques de um álbum supreendentemente bom por conseguir unir músicos de influências tão diferentes em um projeto único.

Avaliação: ótimo

Veja também:
Cinco resenhas curtas de discos #2
Cinco resenhas curtas de discos #1




After Burner – After Burner

A banda australiana de thrash metal After Burner disponibilizou seu disco de estreia, que leva o nome deles, recentemente. E eles usam uma fórmula bem simples, baseada na força e na velocidade para criar uma sonoridade que soará bem confortável aos ouvidos de quem gosta de metal. Com apenas 23 minutos, dá até para considerar o disco como um EP, apesar da quantidade de músicas – dez ao todo. "Castle Crashers", "Feast of Fools", "Under the Ice" e a faixa-título são os destaques do álbum.

Avaliação: bom


Frank Turner – Be More Kind

Frank Turner lançou recentemente seu sétimo disco de estúdio. Be More Kind traz faixas acústicas ("Don't Worry), agitadas ("1933), pop animado ("Little Changes", "Brave Face") e baladas ("Going Nowhere"), e conseguiu fazer uma mistura de Mumford & Sons e Nada Surf e outra banda indie que mistura momentos mais agitados e acústicos à sua escolha. Talvez se tivesse nove ou dez músicas ao invés de 13, o trabalho seria um pouco mais consistente, mas dá para destacar "21st Century Survival Blues", "Blackout" e "Common Ground" como as melhores.

Avaliação: bom


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