Ainda impactante, Nevermind completa 25 anos


Disco virou um clássico dos anos 1990 e impulsionou uma geração de novas bandas

É difícil qualquer pessoa mensurar certos acontecimentos quando se faz parte de determinada cena ou nicho. Por isso, no 25º aniversário de Nevermind, segundo disco do Nirvana, é fundamental entender que os participantes ativos desse grande momento - fãs, crítica, banda e gravadora – tinham certa ideia do grande trabalho que estava sendo lançado em 24 de setembro de 1991.

Muito mais do que a briga por quem é melhor ou pior lançamento naquele período de farto material das bandas independentes, então contratadas a toque de caixa por gravadoras sedentas pelo próximo grande sucesso, foi o impacto que as 13 canções causaram nos adolescentes daquela época. E nisso, o Nirvana está anos luz de qualquer banda dos anos 1990. Milhares de vidas foram mudadas nos primeiros acordes de "Smells Like Teen Spirit", faixa de abertura.

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Como quem tinha apenas três anos e seis meses na época do lançamento, se quer lembro de Kurt Cobain vivo e de coisas que ele fez. Só fui me dar conta desse disco lá pelo início dos anos 2000, quando Nirvana fez minha cabeça na época da vida em que a maioria de nós começa a querer ficar mais separados dos pais e a ser mais influenciado pela TV e pelos amigos. Auge da MTV Brasil, rádio ainda controlando as coisas, amigos de infância que gostavam da banda... Ainda que Cobain estivesse morto há quase uma década, a música do trio ainda servia de inspiração e divertimento para muita gente. Era difícil fica imune a certas coisas naquela época de internet engatinhando. E o Nirvana era uma delas.

Reouvindo o disco enquanto escrevo esse texto, as canções ainda trazem o mesmo impacto inicial da primeira audição do início ao fim. Pode significar pouco, mas é um fato: o Nirvana fez parte de vidas o suficiente para ainda gerar espanto quando se ouve Nevermind do início ao fim. Tem força nas letras, a guitarra de Cobain é alta e empolgante, a bateria mostrava um Dave Grohl muito inspirado, o baixo de Krist Novoselic é de arrepiar e tem um ar de rebeldia adolescente muito forte. Dá para entender o motivo de tanta gente ter comprado, de ter virado a febre que foi e ter até virado um subgênero de um rock alternativo que ganharia o mundo ao longo de três anos.

Independente de gostar ou não, é difícil ficar imune a esse álbum. Imagino que ainda tem gente trancada no quarto tocando uma guitarra imaginária no auge do refrão de "Smells Like Teen Spirit" ou na ótima "Come As You Are". E se existe um disco que ainda dialoga direto com as muita gente, esse disco é Nevermind. Um clássico que o tempo só reforçou sua importância na música e na vida das pessoas.



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