Resenha: The Arcs – Yours, Dreamily


The Arcs é o nome do projeto solo Dan Auerbach, guitarrista e cantor do Black Keys. De duo para uma banda de seis integrantes, Auerbach parece querer descansar um pouco de sua banda principal e investir em outras coisas ao lançar Yours, Dreamily, um disco cheio, o que não deixa de ser uma tremenda responsabilidade, pois coloca seu nome na fogueira das críticas.

"Once We Begin (Intro)" abre o disco de uma maneira quase infantilizada, mas isso muda com o primeiro single e melhor canção "Outta My Mind", que nada mais soa como uma música do Black Keys mais cheia de gente e de melodia mais recheada pela parte instrumental. Por incrível que possa parecer, "Put a Flower in Your Pocket" é uma boa balada. Beirando o pop, ela é leve e chama atenção por vir logo depois de uma faixa cheia de energia.

"Pistol Made of Bones" é outra que soa como algo que poderia ter entrado em qualquer disco do Black Keys, e "Everything You Do (You Do for You)" beira uma espécie de soul psicodélico ou algo muito próximo disso – nem sei se essa definição existe, para ser bem sincero. "Stay in My Corner" funciona bem ao usar uma luta de boxe como metáfora para vida e outras coisas – o solo de guitarra no refrão é muito legal.

A comum "Cold Companion" apela para o refrão insistente, "The Arc" é animada e serve para colocar o ouvinte para dançar um pouco, a razoável "Nature's Child" vem logo na sequência e, para fechar esse recorte de cinco canções, "Velvet Ditch" também não impressiona muito, mostrando que o Arcs não tem lá muita ambição de fazer alguma coisa além do trabalho de Auerbach em sua banda de origem.

Justamente depois dessas, vem a mais diferente possível entre todas: o bonito soul de "Chains of Love" coloca a banda em uma nova perspectiva, no caso a de fazer esse tipo de som parece ser muito mais viável e interessante do que ser algo para escoar canções, e o mesmo acontece com "Come & Go". A boa "Rosie (Ooh La La)" e a balada "Searching the Blue" encerram o álbum.

A estreia do Arcs em estúdio tem um momento muito maçante no meio, deixando a audição cansativa, desgastante e chata. Tão chata que nem mesmo as canções boas conseguem se sobressair em meio as ruins. Em resumo: é bem esquecível.

Tracklist:

1 - "Once We Begin (Intro)"
2 - "Outta My Mind"
3 - "Put a Flower in Your Pocket"
4 - "Pistol Made of Bones"
5 - "Everything You Do (You Do for You)"
6 - "Stay in My Corner"
7 - "Cold Companion"
8 - "The Arc"
9 - "Nature's Child"
10 - "Velvet Ditch"
11 - "Chains of Love"
12 - "Come & Go"
13 - "Rosie (Ooh La La)"
14 - "Searching the Blue"

Nota: 2/5



Veja também:
Resenha: Silva – Júpiter
Resenha: Adele – 25
Resenha: Kurt Cobain – Montage of Heck: The Home Recordings
Resenha: Killing Joke – Pylon
Resenha: Jeff Lynne's ELO – Alone in the Universe
Resenha: Supercordas – Terceira Terra
Resenha: Billy Gibbons – Perfectamundo

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais! Isso ajuda pra caramba o blog a crescer e ter a chance de produzir mais coisas bacanas.






Meu sonho é que o Music on the Run, que começou como hobby, vire uma coisa mais legal e bacana no futuro, com muito conteúdo em texto, podcast e mais coisas, porque eu acredito que dá para fazer mais e melhor com o apoio de quem lê o blog. Apoie:

Você não quer se comprometer em uma assinatura? Não tem problema, pode doar qualquer valor em reais via PagSeguro: