Foto: BIKE/Facebook/Carlos Spinelli |
Guitarrista do BIKE falou sobre a turnê do disco de estreia e o próximo registro
Como vocês viram a repercusão do primeiro disco de vocês?
Julito Cavalcanti: Foi excelente, não esperávamos que fosse chegar no ouvido de tanta gente. Quando recebemos o contato de um selo gringo [30th Century Records] foi surpreendente. Enviamos CDs e K7s para várias partes do mundo e tivemos a oportunidade de tocar em 15 estados do Brasil. Foi ótimo para conhecer novas bandas, novas praias, novas culturas, novas paisagens e longas estradas.
Como é o processo de trabalho de vocês para fazer as músicas? Vocês partem de alguma coisa específica ou as coisas vão acontecendo?
O 1943 foi todo composto por mim e produzido e arranjado em parceria com o Diego (Xavier, guitarrista), já no segundo álbum temos duas músicas do Diego e uma do Rafa (Bulleto, baixo). Todo mundo canta no disco, e os arranjos foram feitos como banda e não partindo de uma só cabeça.
Vocês fizeram muitos shows no ano passado e a repercussão foi muito boa. Ficaram surpresos com isso? Se sim, como é lidar com essas coisas na turnê?
Ano passado foi louco, quanto mais show a gente fazia, mais convites apareciam. E a gente adora. Adoramos estar na estrada e aprender coisas novas. Às vezes, é cansativo, como quando fomos até Natal [Rio Grande do Norte] de carro, mas é assim mesmo. A gente aproveita um show legal e tenta marcar o máximo de shows no caminho. A gente aprendeu muito. Um dia você toca no Circo Voador, no outro na sala da casa de alguém, toca sexta num festival com uma baita estrutura, no outro dia numa praça numa cidade do sertão que provavelmente não chegaríamos se não fosse pela música. Aprendemos muito vendo shows de outras bandas, bandas menores, bandas experientes, bandas que admiramos, ou seja, estamos sempre aprendendo. O melhor lugar pra uma banda é a estrada.
Veja também:
Resenha: BIKE – 1943
Quando sai o novo álbum? Já tem uma data certa?
Entre o final de março e o começo de abril.
Li que a inspiração das canções do novo trabalho foram as viagens pelo Brasil. O que mais impressionou nessa turnê?
Foram as viagens, no geral. O disco foi gravado durante seis dias, sempre quando estávamos voltando de algum show a gente parava no estúdio do Diego e gravava algumas coisas. A estrada nos acompanhou pra dentro do estúdio, mas no disco tem muito das nossas viagens lisérgicas, pessoais, um lance com passado/futuro e o espaço/tempo.
Qual foi o momento de maior sufoco durante essas viagens?
Rolaram uns lances que nunca esqueceremos, como no dia em que perdemos o voo às 10h30 da manhã e tínhamos um show às 23h, em Goiânia. Voltamos de táxi para casa, pegamos o carro que estava sem documento, compramos um step e fomos pro show. Chegamos e subimos direto pro palco, [mas] infelizmente perdemos o primeiro show da Brvnks. No Dia da Música, fizemos um show em São Paulo, às 16h, e outro em Uberaba, às 23h. Já fizemos um bate-volta para Uberlândia, tocamos num terraço em Campina Grande [Paraíba] com chuva, já pegamos protesto de caminhoneiros indo pro sertão da Paraíba e tivemos que cortar caminho por estradas de terra.
Vocês vão fazer turnê logo que o disco sair ou só no segundo semestre?
Vamos começar a tocar no final de março e partiremos em busca da viagem eterna.
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