Rock in Rio 2015: semana 2 – faltou habilidade na hora de montar a programação

Foto: Faith No More/Facebook

Chegou ao fim a edição comemorativa dos 30 anos de Rock in Rio. Mesclando dois dias de metal/hard rock e dois pop, o festival não teve casa cheia em todos os dias. E ainda, depois de seis edições, não aprendeu a montar a programação de uma maneira de agrade.

24/09, quinta-feira

Palco Mundo: System of a Down, Queens of the Stone Age, Hollywood Vampires, CPM22

Palco Sunset: Deftones, Lamb of God, Halestorm, Project 46 com John Wayne

Não vi muita coisa desse dia, porque me enrolei um bocado no blog. Do que consegui prestar atenção, gostei bastante do Lamb of God, muitas recordações da adolescência durante o show do CPM22, pulei com louvor a banda cover Hollywood Vampires, que mais parece um clube de motoqueiros do rock. O show do Queens of the Stone Age foi bom, como sempre, mas a repetição de músicas incomodou um pouco (clique aqui e leia o levantamento de todas as músicas que a banda tocou em seis vezes que veio ao país). Por fim, é bem inexplicável o System of a Down fechar um dia de festival sem ter nada inédito e usar o mesmo setlist de anos.



25/09, sexta-feira

Palco Mundo: Slipknot, Faith No More, Mastodon, De La Tierra

Palco Sunset: Steve Vai + Camerata Florianópolis, Nightwish + Tony Kakko, Moonspell + Derrick Green, Clássicos do Terror

O dia foi tão corrido, que só consegui sentar para ver um pedaço do Steve Vai – não vi nada das primeiras atrações. No Palco Mundo, o De La Tierra é um projeto bem interessante e prometo ouvir mais, mas apresentação excelente foi a do Mastodon. Que banda, senhores. Se você não conhece, recomendo ouvir o último disco dos caras (clique aqui e leia a resenha).

Em um dia diferente como o da sexta-feira, colocar o Faith No More foi um erro incrivelmente tolo. Para casar melhor, colocar CPM22 ou Royal Blood, Mastodon, Korn ou System of a Down e Slipknot soa uma ideia bem melhor e casaria bem com o público, que foi frio em quase toda apresentação da banda liderada por Mike Patton. Até por isso, a apresentação pareceu burocrática e sem graça, o que não foi verdade. Um dia com Mötley Crüe, Metallica e Faith No More casaria muito melhor. Sobre o Slipknot: vi a primeira hora de apresentação e, assim como desde quando o ouvi pela primeira vez, não me pegou e optei pelo merecido sono.



Rock in Rio 2015: semana 1 – ou como o festival virou o Cover in Rio

26/09, sábado

Palco Mundo: Rihanna, Sam Smith, Sheppard, Lulu Santos

Palco Sunset: Sérgio Mendes + Carlinhos Brown, Angélique Kidjo, Erasmo Carlos + Ultraje a Rigor, Brothers of Brazil

Tive o prazer de assistir o ótimo show de Angélique Kidjo, uma cantora de alto nível (recomendo ouvi-la, ela é realmente muito boa). Dos outros, só vi Erasmo Carlos + Ultraje a Rigor e foi péssimo. Lulu Santos deu uma aula de pop no Palco Mundo para Sam Smith e Sheppard, duas atrações de nível duvidoso – Smith ainda tem um sucesso, mas é insuficiente para ser atração principal de alguma coisa, além de ele ser muito exagerado em certos momentos. Vi Rihanna até 1h, sendo o máximo que aguentei.



27/09, domingo

Palco Mundo: Katy Perry, A-ha, AlunaGeorge, Cidade Negra

Palco Sunset: Al Jarreau, Aurea + Boss AC, Suricato + Raul Midón

Entre todos os shows do dia. só vi um pedaço do A-ha e a sensação de a banda estar no lugar errado pesou novamente (um dia com Lulu Santos, A-ha, Elton John e Rod Stewart seria do mais alto nível). Já Katy Perry, bom... Pensei que ela ficaria na pegada de “I Kissed a Girl”, mas ela virou uma espécie de Xuxa e está cheia de músicas bobinhas para adolescentes de 11 a 17 anos. Vantagem: sempre haverá gente dessa idade; desvantagem: é muito ruim.



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