Pearl Jam, Planeta Terra e o fim de semana inesquecível

Após quase 48 horas entre Pearl Jam, o condado de Artur Alvim (valeu pela hospitalidade, Rodrigo Kenji) e o Planeta Terra, enfim cheguei em casa às 6h30 deste domingo e foi um final de semana inesquecível.

Primeiro, vamos começar pelo Pearl Jam. Que show incrível. Tirando o fato de ter começado com mais de meia hora de atraso, a banda foi impecável em pouco mais de 2h20 de show, o que é até um tempo curto para os padrões da turma comandada por Eddie Vedder.

Uma coisa que me chamou a atenção foi que às músicas do álbum Backspacer, de 2009, são recebidas de forma fria pela plateia, que não se dedica tanto a cantá-las como as outras.

A sequência matadora no final, com “Spin The Black Circle”, “Alive”, “Baba O'Riley”, do The Who, e “Yellow Ledbetter” foi para deixar qualquer fã, que lotou o Morumbi, satisfeito e feliz na volta para casa.


Planeta Terra

Às 16h em ponto, Criolo entrou no palco Main Stage para abrir os trabalhos da edição de 2011 do Planeta Terra. A poucos metros dali, o The Name fazia um show bem bacana e que me impressionou positivamente. Já as Garotas Suecas não me impressionaram muito – e foram os únicos shows que vi no Indie Stage.

Uma das atrações que estava ansioso por ver era a Nação Zumbi. E que show. Metralhando hits um atrás do outro, a banda mostra por que é a melhor do cenário nacional até hoje. Músicas como “Banditismo Por Uma Questão de Classe”, “Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada”, “Manguetown”, “Maracatu Atômico” e “Quando a Maré Encher” levantaram o público que viu a apresentação no sol escaldante – alvo da reclamação de Jorge du Peixe.

Não conhecia bem White Lies e Broken Social Scene, que fizeram shows interessantes e me deixaram uma boa impressão, mesmo para uma plateia que se dispersou durante essas duas apresentações.

O Interpol fez uma apresentação incrível para um público imenso e o show deste domingo, na Clash, em São Paulo, deve ser ainda melhor, já que as músicas da banda funcionam melhor em um ambiente mais intimista.

O Beady Eye é uma banda que já nasceu grande por ter todos os membros do Oasis, menos Noel Gallagher. E Liam até pareceu simpático ao falar com o público – muitos deles com a camisa do Manchester City, time do cantor inglês, e da Inglaterra.

Apesar de ser a única banda que atrasou um pouco, seis minutos, o Beady Eye mostra que pode ser uma das boas surpresas no futuro próximo. Mesmo com um show curto, apenas 12 músicas, Liam mostra que um Gallagher que se preze não fará nada ruim.

Por último, a atração mais esperada por todos, The Strokes. À 1h30 em ponto, Julian Casablancas, Nick Valensi, Albert Hammond, Jr., Nikolai Fraiture e Fabrizio Moretti subiram ao palco. Foi um show muito foda.

Muitos falam que a banda não se suporta mais e que cada show pode ser o último, outros dizem que o tempo separado uniu ainda mais o quinteto que estourou em 2001 e mudou o rumo da música no século 21. Mas o fato é que o Strokes é uma excelente banda.

O set list foi composto por músicas de todos os discos e, claro, o clássico “Last Nite” foi executado antes do bis. E Julian estava mais feliz do nunca e brincou bastante do Fabrizio, que é brasileiro.

E o final de semana de muito sol e empolgação, acabou com "Take it or Leave it". Apesar das dores e do cansaço, valeu a pena. E ainda teve a ótima Groove Armada, para fechar com chave de ouro.


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