Resenha: Red Hot Chili Peppers - I’m With You


O último trabalho do Red Hot Chili Peppers havia sido o grandioso Stadium Arcadium, um álbum duplo com 28 músicas, lançado em 2006. Após uma extensa turnê, os caras deram um tempo e só retornaram agora com I’m With You, o 10º trabalho em estúdio.

O novo álbum é marcado pela introdução definitiva da mistura de funk com hard-rock, que funciona perfeitamente graças ao baixista Flea, que dá o tom em boa parte do disco. Anthony Kiedis, apesar dos 48 anos, ainda consegue dar ritmo as canções e Chad Smith se mantém como um dos bons bateristas de sua geração.

“Monarchy of Roses” abre os trabalhos com uma guitarra diferente. Pois, se você mora em outro planeta e ainda não está sabendo, John Frusciante deixou a banda pela segunda vez (a primeira foi em 1992) e Josh Klinghoffer assumiu o posto. Dançante, a música consegue fazer com que você se atente ao cd e é um bom convite de boas-vindas. Em “Factory Of Faith”, Flea dá o tom da música e mantém o ritmo do álbum.

A terceira música, “Brendan's Death Song”, a banda deixa de lado o início fulminante e parte para uma linha mais pop, que lembra bastante algumas músicas do trabalho anterior e acaba quebrando o ritmo do disco. “Ethiopia”, que poderia ser perfeitamente a terceira música do álbum, a banda retorna ao bom e velho som.


“Annie Wants a Baby” e “Look Around” mantém a banda nos eixos, porém são inferiores as outras. Para finalizar a primeira metade do álbum, o primeiro single da banda, a excelente “The Adventures of Rain Dance Maggie” dá o tom. Animada e bem ao estilo da banda, ela deve levantar o público nos show da turnê que vai passar pelo Brasil em outubro.

“Did I Let You Know” traz uma mistura meio latina nas guitarras e ainda tem um solo de trompete, e é uma música bem interessante. “Goodbye Hooray” mostra o Red Hot em perfeita sintonia, já “Happiness Loves Company” um piano aparece e deixa a música bem legal – além do refrão grudento. “Police Station” é o tipo de balada que vem marcando algumas músicas da banda nos últimos trabalhos. “Even You Brutus” não é nada parecido com qualquer coisa lançada pela banda e não deve agradar.

Em “Meet Me at the Corner”, a guitarra lembra um pouco o estilo de Santana e é mais uma música lenta do álbum e “Dance, Dance, Dance” encerra o disco e causa uma boa impressão.

Se o primeiro semestre foi dominado pelo Foo Fighters e seu Wasting Light, o Red Hot até tentou cravar seu nome como grande banda do segundo semestre, mas não deu. I’m With You não é ruim, mas ficou aquém da expectativa em torno da volta dos caras.  Como bom guitarrista que é, Frusciante faz falta. É quase como se a seleção brasileira de 1982 não tivesse Zico e contasse apenas com Sócrates para dar o tom. Fica claro que Flea é o camisa 8 desse time.


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