Black Sabbath e Aretha Franklin escolhem a dignidade na hora da aposentadoria


Banda fez última apresentação em casa; cantora ainda lançará disco neste ano

No último final de semana, o Black Sabbath encerrou suas atividades em Birmingham, cidade em que os quatro membros originais da banda cresceram e ganharam o mundo tempos depois. Sem o baterista Bill Ward, não convidado, Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler colocaram um ponto final de uma bonita – e maluca – história da maior banda de metal de todos os tempos. No início da semana, foi a vez de Aretha Franklin anunciar que lançará um último disco de estúdio, este produzido por Steve Wonder, antes de parar.

Cada um no seu quadrado, como diria aquela poesia, eles foram importantes em seus seguimentos. A bela voz de Aretha encantou o mundo por pouco mais de 60 anos de carreira. Suas canções tocaram o coração de diversas pessoas ao redor do mundo e estão na história. Ela está na história como uma das maiores cantoras de seu tempo. Os problemas de saúde só aumentaram nos últimos anos, então a aposentadoria dos palcos será boa para ela – o que importa, no fim das contas.

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Já o Black Sabbath teve uma passagem louca no mundo da música. A formação original fez coisas incríveis nos primeiros anos, mas eles se perderam para eles mesmos ao se afundarem nas drogas. Ozzy foi demitido no fim dos anos 1970 e substituído por Ronnie James Dio. A nova formação conseguiu sucesso, mas não durou muito. A guerra de egos era implacável. Tony Iommi se perdeu completamente na condução dos negócios, manchando a história a banda entre o meio dos anos 1980 e 1990.

Mas, no fim das contas, três dos quatro membros da formação original colocaram as diferenças de lado – leia-se Sharon Osbourne conseguiu uma grana assombrosa para Ozzy participar da turnê. A reunião rendeu um disco novo bom o suficiente para agradar. Os shows mostraram a força da banda ao vivo e também funcionaram como adeus da banda junta aos fãs ao redor do mundo.

Nos dois casos, o encerramento foi digno e muito antes de o pior acontecer – apesar de que Ozzy seguir com sua carreira solo. Aposentar sem ficar se arrastando no palco por um trocado é a melhor coisa que Black Sabbath e Aretha Franklin poderiam ter feito neste início de 2017. Que a aposentadoria dos palcos renda bons frutos para eles em outras coisas.

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