Em entrevistas separadas, o vocalista Roger Daltrey, 80, e o guitarrista Pete Townshend, 78, do Who, acabaram falando o mesmo usando palavras diferentes: a banda fundada por eles em meados dos anos 1960 caminha para o fim. Diferentemente da situação que durou do início dos anos 1980 até o final da década seguinte, quando o fim foi anunciado, mas a banda ficou indo e voltando em turnês e apresentações especiais, a coisa é séria desta vez.
Os dois têm um ponto em comum sobre o assunto: a idade, esse negócio implacável para todos que permanecem vivos. As pernas já não são mais as mesmas, o fôlego diminui, as mãos não respondem com tanta rapidez e existe um aumento exponencial de enterros de amigos e conhecidos nesse período. Por melhor que cada um esteja, é difícil não olhar ao redor e ver como as coisas mudaram.
Estou no Twitter e no Instagram. Compre livros na Amazon e fortaleça o trabalho do blog! Confira a agenda de lançamentosEles também concordam em uma coisa: o Who é fruto de um momento muito específico da história da música, uma dessas coisas que acontece a cada década, se muito. É difícil não associar o grupo a algo juvenil, forte e cheio de energia a ponto de quebrar uma guitarra para extravasar, não dois senhores idosos falando e cantando sobre momentos do passado. E é uma ótima notícia ver ambos se dando conta disso.
Muitas bandas viram simulacros delas mesmas por não admitirem que o fim chega para todo mundo, com muita gente passando vergonha no palco apenas para mostrar força e juventude de um passado muito longe do presente. Admitir o envelhecimento é bom até mesmo para proporcionar melhores shows para os fãs, muitos também com certa idade e querendo ver apenas o ídolo da infância por duas horas.
Na torcida para o último momento do Who no palco ser uma coisa boa, inesquecível e uma celebração ao legado de mais de 60 anos na música.
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