Rock in Rio 2019 - como foi (do sofá)

Foto: Rock in Rio/Divulgação

Desde 2011, quando retornou, o Rock in Rio acontece em anos ímpares. Não foi diferente em 2019. Mais uma vez, foram dois finais de semana bem cheios para o evento, que soube como nunca "bombar" nas redes sociais e TV ao longo desses sete dias somados. Mais uma vez, acompanhei tudo (ou quase) do conforto do meu lar vendo tudo pela tela da TV sem estar no meio do povo.

Não vi nada no primeiro dia do evento, mas vi que Drake é um baita mala. Isso acabou com a lenda de que todo canadense é boa. Consegui ver bastante coisa no segundo dia, para compensar. Apesar de soar muito mal ensaiado, foi legal ver CPM 22 e Raimundos no mesmo palco. Nesse momento, o adolescente que pulsava em mim saudou o adolescente que pulsava em você. Nesse mesmo palco tocou o Tenacious D, banda de Jack Black, e ficou provado que é a banda se o Kevin, personagem de "The Office", existisse. Não é sério o que eles fazem, então acaba sendo despretensiosamente divertido.

Weezer surgiu e um tweet meu viralizou tanto que entrou n'O Melhor do Twitter do Popload (clique aqui para saber qual foi e aqui para ir até o Popload). A apresentação não empolgou muito quem não é fã, claro. O Weezer é o tipo de banda que ou você gosta muito, ou você ignora completamente a existência. Fico feliz em ser do primeiro grupo, mesmo não gostando o que eles vem fazendo recentemente (aqui tem resenha do novo álbum). O álbum de covers vale bem a pena, juro (aqui tem resenha). O Foo Fighters fechou o dia fazendo o sabe de melhor: enrolar as pessoas (mentira). Em cima do palco, Dave Grohl virou um dos melhores da geração dele. Os fãs adoram e o repertório é bom. Um casamento perfeito.

Veja também:
Playlist: Slayer no Rock in Rio 2019
Playlist: Red Hot Chili Peppers no Rock in Rio 2019
Playlist: Bon Jovi no Rock in Rio 2019
Playlist: Foo Fighters no Rock in Rio 2019


O domingo foi um martírio por si só, porque o único show que acabei assistindo inteiro foi o do Goo Goo Dolls. Bom é que paguei meus pecados pelo resto da minha vida. Foi como fazer o caminho de Santiago de Compostela, só que sem sair de casa. Não vi Bon Jovi, mas li que ele fez a mesma coisa dos últimos shows. Bom para quem gosta.

Pula uns dias.

Não vi absolutamente nada na quinta, pois fui ver Coringa. Cheguei quase na hora do Panic! At The Disco e, como energia elétrica está pela hora da morte, resolvi desligar a TV e meditar até o dia seguinte. Acordei da meditação pronto para o dia do metal. E, de longe, foi o melhor dia completo do evento. Anthrax, Slayer, Sepultura, Helloween e Iron Maiden entregaram ótimos shows. Destaque para Slayer e Iron Maiden. O primeiro foi incrível e colocou o Palco Sunset no bolso; o segundo fez uma apresentação primorosa e mostrou ao mundo o que sabe fazer de melhor.

No sábado vi H.E.R. e não fiquei muito impressionado. Ela tem tantas referências que falta uma voz própria ali. E o Black Eyed Peas continua bombando nesse 2005 que está para chegar. Infelizmente não vi P!nk, mas fiquei bastante impressionado com uns vídeos no canal oficial do evento. Ela manda muito bem ao vivo. O último dia reservou as ótimas (mais uma vez) apresentações de Paralamas do Sucesso e Lulu Santos (esqueçam o Silva, não foi de grande acréscimo). Também vi o show do Nickelback inteiro, e eles sabem ganhar o público deles com piadas e sucessos. O King Crimson ficou completamente largado nesse dia, mas conseguiu a vantagem de tocar apenas para fãs. A experiência do público deve ter sido incrível.

Com algumas caras novas, a transmissão foi aquele show de muitas informações erradas com coisas sem nexo. Mas de novo: "não dá para reclamar muito. Afinal, o festival é parceiro do Multishow e como falar mal do produto do sócio da empresa que paga seu salário? Não tem como. Entender isso é compreender melhor todos os comentários genéricos feitos por todos que passam ali".

Vou reproduzir esse pedaço de texto para sempre até as pessoas entenderem que os âncoras são uma alegoria, uma peça de uma engrenagem que não quer e não vai mudar por uma série de coisas. Ali não é jornalismo, é entretenimento puro e raso. Quer seriedade? Vá atrás de bons críticos de música nas redes sociais. É o melhor que você faz.

Um festival do porte do Rock in Rio é bom para todo mundo, no fim das contas. Agora resta saber se haverá Rio de Janeiro em 2021 para a próxima edição do evento.

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