Ainda na noite de ontem, o Rdio anunciou seu pedido de falência e fecha o serviço em breve. Parte da tecnologia do serviço foi comprada pelo Pandora, outro serviço de streaming que está em alguns países de língua inglesa por uma mixaria. E os usuários? Bem, esses ficarão na mão com o fim do serviço e terão que migrar para Spotify, Deezer, Google Play Musica, Apple Music ou outro de sua preferência.
O fim do Rdio mostra como não adianta você ter um bom serviço, um design agradável e ser fácil de manipular no computador ou no celular, é preciso ter um imenso aporte financeiro para se segurar em um momento difícil para todas essas empresas distribuidoras de música online. Muitas delas têm prejuízo ou estão empatando (gastam o mesmo que arrecadam), e isso, claro, não sustenta ninguém no longo prazo.
Apesar do aporte financeiro de R$ 475 milhões (US$ 125 mi, com a cotação em R$ 3,80) recente, não foi suficiente para mantê-lo no ar. Primeiro serviço a estrear no Brasil, o Rdio teve a chance de competir frente a frente com o Spotify ao longo dos últimos quatro anos, mas não conseguiu os resultados esperados e ainda viu o crescimento da Deezer, que tem conseguido bons acordos com artistas e gravadoras, o surgimento do Tidal e do Apple Music – o primeiro capitaneado e financiado por músicos extremamente ricos, o segundo dispensa comentários.
É uma pena mesmo que o Rdio morra. É um ótimo lugar para ouvir música, é limpo, o código para colocar os discos nos sites é lindo e enorme. Mas a competição aumentou muito nos últimos 12 meses. Só ter um bom serviço não é o bastante nesse mundo competitivo do streaming, é necessário aguentar os tempos sem dinheiro e sobreviver. Quem continuar vivo pelos próximos três ou cinco anos poderá ser considerado o vencedor dessa disputa. Enquanto o Spotify e Deezer recebem investimentos pesados, Tidal tem o apelo dos artistas junto ao público, o Google controla um serviço e a Apple o outro, um acabou sobrando – o Rdio, no caso.
“Nós não poderíamos estar mais orgulhosos da equipe Rdio e do produto que nós construímos. Estamos honrados em ter tantos ouvintes em todo o mundo. Nós agradecemos seu apoio contínuo ao longo dos anos e estamos ansiosos para dar a eles melhores experiências de música no futuro, agora como parte da equipe de Pandora”, disse a empresa em comunicado.
Ninguém sabe se o Pandora, outra que não está nada bem das pernas, entrará no Brasil ou em qualquer outro país. Sabe-se que a competição pelos ouvintes está afunilando cada vez mais e há o primeiro derrotado. Quem será o próximo? Pelos acontecimentos recentes, pode ser a qualquer momento.
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