Dez álbuns de heavy metal lançados em outubro que valem sua atenção


Por Rodrigo Carvalho

Outubro passou. Faz tempo. Então, sem mais delongas e para (tentar) recuperar o tempo perdido, aproveitando que os lançamentos começam a rarear no fim do ano, vamos para a lista de mais dez álbuns que não podem ser deixados para trás em 2014:


Anaal Nathrakh – Desideratum

As definições de “trilha sonora para a total aniquilação da raça humana e para a absoluta obliteração do universo da forma mais torturante e apocalíptica que duas mentes doentias e perturbadas poderiam conceber” foram atualizadas.




Ancient VVisdom – Sacrificial

Três figuras na clareira de uma floresta densa, ao redor de uma fogueira. Cada uma delas empunha uma adaga. Há um som fantasmagórico ao redor, um silêncio ensurdecedor e arrastado, um doom oculto que combina o peso sabbathico com o acústico folclórico e é uma ode à escuridão em si. Se algum dia existiu algo verdadeiramente occult rock, ele permanece vivo com o Ancient VVisdom.




Black Veil Brides – Black Veil Brides

Deixe de lado um pouco a implicância com as letras juvenis e o visual extravagante. Inclua uma tonelada de “Ooooh oooh”’s e melodias fáceis que contaminarão seu cérebro como toxoplasmose. Basicamente é isso o que temos com o Black Veil Brides, que mesmo tendo deixado os ótimos exageros do excelente (falando sério) Wretched and Divine, voltou ao básico do glam e do hard para lançar um descompromissado disco muito melhor que certos Hail to the King por aí.




Dawnbringer – Night of the Hammer

Heavy metal em sua mais básica forma. Influências do rock em seus moldes mais clássicos e soltos. Sentimento doom em cada nota. De uma das mais importantes figuras do underground americano, Night of the Hammer é praticamente uma matéria setentista obrigatória em 2014.




Kruger – Adam and Steve

Imagine-se atravessando o Túnel de São Gotardo no meio da noite, muito acima do limite de velocidade, apenas com um maço de cigarros e uma porção de fitas com gravações imundas de noise, post-hardcore, sludge e death metal europeu. Não leva muito tempo até a sua mente ficar à deriva e ser completamente sugada para um mundo caótico de luzes alaranjadas passando a incontáveis quilômetros por hora – a mesma sensação que estes suíços proporcionam com Adam and Steve.



Mägo de Oz – Ilussia

Señoras y señores, bienvenidos a Ilussia. Um circo itinerante que mantém as tradições folclóricas vivas com algumas das mais bizarras e desajustadas criaturas e artistas da Espanha, injustamente ignoradas pelo restante do mundo. Pegue uma pipoca, um suco de piña e prepare-se para o espetáculo power folk satirizando as nossas próprias vidas miseráveis.




MONO – The Last Dawn / Rays of Darkness

Música instrumental por si só é um dilema e tanto. A margem entre ser algo sincero, emocional e interessante, ou um completo porre insuportável pode ser bem tênue dependendo do caso. E os japoneses do MONO se afastam cada vez mais da margem com The Last Dawn e Rays of Darkness: obras refletidas entre si, uma desconstrução por um lado contemplativa e por outro brutal, mas que representa a definição final – a simplesmente belíssima união entre post-rock, shoegaze e música clássica – do que é a sua identidade.




Orange Goblin – Back From The Abyss

Se o inferno fosse um bar, perdido na beira de uma estrada na região mais isolada do deserto de Chihuahua, com envelhecidas e empoeiradas garrafas do mais vagabundo uísque, Back From The Abyss seria um dos únicos discos em sua jukebox emperrada.




Scar Symmetry – The Singularity (Phase I - Neohumanity)

Em uma galáxia muito, muito distante, a humanidade força a sua própria evolução com a utilização da tecnologia. O transumanismo é real, e a história está sendo contada nesta que é a primeira parte de uma trilogia prog-melo-death-sci-fi composta por urros robóticos, melodias hipnotizantes e dezenas de conceitos científicos que jamais imaginamos existir.




Solefald – Norrønasongen - Kosmopolis Nord

Cornelius Jakhelln e Lazare Nedland estão entre os maiores contadores de histórias da música norueguesa. Este novo capítulo não foge do espírito poético ao mesmo tempo em que se utiliza de elementos extremamente diversificados com o único propósito de tornar a experiência cada vez mais vivida. Não há apenas black metal na história da Escandinávia, nem haverá apenas black metal para sempre.







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