Álbuns de estúdio: Crosby, Stills, Nash e Young


Separados, esse quarteto fez muito sucesso em diversas bandas. Amigos de longa data, David Crosby, Stephen Stills e Graham Nash gravaram o primeiro disco antes dos anos 1970. Enquanto isso, Neil Young ainda lutava para conseguir sucesso na carreira solo após o fim da Buffalo Springfield. Um convite de Stills juntou mais um membro ao poderoso grupo de compositores e cantores. O resto é história.


Crosby, Stills & Nash (CSN) (1969)

A voz combinada dos três mostrou que daria jogo logo no primeiro disco. Impossível não se emocionar com as interpretações de "Suite: Judy Blue Eyes", "Marrakesh Express" e "Guinnevere", por exemplo – coincidentemente, as três primeiras faixas do trabalho. Além disso, a delicadeza das letras e o estilo folk das melodias só deixam essa estreia ainda mais saborosa. Um dos álbuns fundamentais para entender a transição entre os anos 1960 e 1970. Um álbum essencial para vida.

Nota: 5/5


Déjà Vu (CSNY) (1970)

Com acréscimo de Neil Young no grupo, o agora CSNY gravou o segundo disco – ou o primeiro com o novo integrante. Meticuloso ao extremo, o trabalho dos cantores passou das 800 horas, mas valeu a pena. Só de ter “Helpless”, um clássico de Young, já valeria a pena comprá-lo e para ouvir por horas a fio. E ainda temos “Carry On”, “Woodstock” e Country Girl”. Mesmo sendo um pouco inferior ao primeiro, ainda sim vale muito a pena por ser um ótimo disco.

Nota: 4,5/5


CSN (CSN) (1977)

O sucesso do disco anterior acabou impulsionando a carreira dos quatro membros do CSNY, que focaram em discos solos ou em dupla por longos seis anos. Em meados de 1976, eles, sem Neil Young, se juntaram novamente para gravarem um novo trabalho muito diferente do que a moda ditava à época. Mais uma vez mostrando que o simples vale muito quando é bem feito e bem produzido.

Nota: 4/5


Daylight Again (CSN) (1982)

Cinco anos depois de CSN, era inevitável entrar nos anos 1980 sem um disco. E ele saiu em 1982. Da capa passando por alguns arranjos, praticamente tudo lembra os anos 1980 e tudo de bom e de ruim que saiu dele. Se os três primeiros trabalhos eram espetaculares, esse não consegue ter o mesmo nível. Mesmo assim, é um ótimo disco do trio.

Nota: 3,5/5


American Dream (CSNY) (1988)

Como cada um estava focado em sua carreira solo, a reunião do quarteto demorou 11 anos para acontecer, também muito por conta dos problemas com drogas de Neil Young e a prisão de David Crosby. E parece que isso afetou bastante o quarteto, porque o trabalho não corresponde às expectativas. Além de ser longo e cansativo, parece um disco solo de Young com vocais de apoio. Não passa nem perto dos melhores momentos do grupo.

Nota: 2,5/5


Live It Up (CSN) (1990)

Existem discos que ultrapassam a barreira do tempo e viram clássicos, mas existem aqueles trabalhos que merecem ficar quietinhos exatamente na época em que foram feitos. O segundo caso enquadra-se perfeitamente em Live It Up, o pior disco lançado por David Crosby, Stephen Stills e Graham Nash. Além da sucessão de clichês, o trabalho representa bem o final dos anos 1980 e início da década seguinte: o pessoal mais experiente ainda estava perdido em meio a tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo.

Nota: 2/5


After the Storm (CSN) (1994)

Se depois da tempestade vem a bonança, After the Storm chegou no momento certo. Mais uma vez, o trio optou por um longo hiato antes de retornar suas atividades. E bem. Lançado no aniversário de 25 anos da estreia do CNS, o disco mostra que um pouco de esforço e menos preguiça resultam em alguma coisa muito superior aos dois álbuns anteriores – o cover de “In My Life”, dos Beatles, é excelente.

Nota: 3/5


Looking Forward (CSNY) (1999)

O disco não teria a participação de Neil Young, que acompanhava as gravações como amigo, mas ele achou tão interessante que pediu para entrar. E conseguiu. Com isso, 11 anos depois, Crosby, Stills, Nash e Young se reuniam novamente para o que é, por enquanto, o último do quarteto. E que trabalho. Depois de entrar nos anos 1980 em declínio e conseguir apenas subir um pouco de nível, Looking Forward é um álbum belíssimo por trazer novamente um grupo simples e melodias ótimas. Se acabar aqui, acaba bem.

Nota: 3,5/5

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