Álbuns de estúdio: Arctic Monkeys

A segunda escolha para fazer parte da nova seção do blog não poderia ser outra. Se os Strokes foram importantes por ser o primeiro grupo de rock a fazer sucesso nos anos 2000, o Arctic Monkeys representa bem a geração seguinte: os ingleses fizeram imenso sucesso no My Space e saíram de lá para serem uma das melhores bandas dos dias atuais.


Whatever People Say I Am, That's What I'm Not (2006)

O primeiro álbum do Arctic Monkeys misturou força e delicadeza em canções que ficaram famosas como "The View from the Afternoon", "Dancing Shoes", "Mardy Bum" e "When the Sun Goes Down". O impacto do quarteto britânico em parte da geração que começava a priorizar a internet na sua vida foi dessas coisas que não veremos nunca mais. A sujeira do som em alguns momentos, os riffs marcantes e as letras que dialogam com adolescentes fizeram deles a grande banda daquele ano com um ótimo disco.

Nota: 4,5/5


Favourite Worst Nightmare (2007)

Um ano e quatro meses depois de Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, eles lançaram o segundo disco de estúdio e mostrariam ao mundo que não sofreriam da síndrome do fracasso pós-primeiro álbum. No mesmo nível do anterior, Favourite Worst Nightmare consolidou o Arctic Monkeys no cenário internacional com um trabalho recheado de boas músicas, singles de sucesso e ainda mais pesado.

Nota: 4,5/5



Humbug (2009)

O terceiro disco de estúdio é fundamental para entender o motivo de os ingleses terem mudado seu som ao decorrer dos últimos quatro anos, pelo menos. Com produção de Josh Homme, do Queens of the Stone Age, Humbug traz um grupo mais maduro musicalmente e como pessoas, e isso é claramente retratado nas canções: mais sombrias e sem a animação característica. O resultado é um álbum um pouco abaixo das expectativas, mas que seria fundamental na evolução deles.

Nota: 3/5



Suck It and See (2011)

Não demorou muito para o Arctic Monkeys graver outro disco. Com um nome bem diferente – o Walmart colocou uma tarja preta por considerar o conteúdo ofensivo –, a banda conseguiu mesclar melhor o som que fazia no início da carreira com a influência que sofreu nos últimos anos. E se em Humbug eles pareciam uma bando de adolescentes bêbados, em Suck It and See temos um grupo mais sério, mas sem perder a ternura. Também podemos ver a clara evolução de Alex Turner como compositor – certamente ele será um dos grandes de sua geração.

Nota: 4/5



AM (2013)

AM não é nota dez, nem nota um, mas um disco mais maduro que Humbug, por exemplo, em que a tentativa de mudar um pouco aconteceu. Suck It and See deu uma gama mais rock ao grupo inglês, enquanto este quinto trabalho de estúdio deixa o Arctic Monkeys mais adulto. Há canções que destoam, mas o resultado é muito positivo. Diria que o novo disco é a versão evoluída de Humbug com direção e foco, não apenas o mudar pelo mudar. AM é o início de uma caminhada longa em que a banda cresceu junto com os fãs. Por isso, não esperem mais uma música do tipo “Fluorescent Adolescent”. Esse disco é para o fã que cresceu junto com a banda.

Nota: 3,5/5

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