Aretha Franklin fez história ao ser 1ª mulher no Hall da Fama do Rock


Cantora entrou muito antes de algumas de suas contemporâneas

Apesar do nome, o Hall da Fama do Rock nunca escondeu que, seja por audiência ou reconhecimento público do trabalho, gosta de homenagear cantores, cantoras e grupos de outros gêneros musicais. Isso desde a primeira edição, realizada em 1986. E, claro, não poderia faltar Aretha Franklin (1942-2018).

A cantora, morta ontem (16), está na história do Hall da Fama do Rock por ter entrado na segunda turma da premiação. Ao lado de The Coasters, Eddie Cochran, Bo Diddley, Marvin Gaye, Bill Haley, B.B. King, Clyde McPhatter, Ricky Nelson, Roy Orbison, Carl Perkins, Smokey Robinson, Big Joe Turner, Muddy Waters e Jackie Wilson, ela foi homenageada no evento realizado em 1987.

Não sei se por coincidência ou destino, ela acabou sendo a primeira mulher a entrar no então novo prêmio, muito antes de Tina Turner, Etta James e Nina Simone, para falar de algumas de suas contemporâneas mais famosas. Quem fez o discurso de entrada foi Keith Richards. Sim, você não leu errado. O guitarrista dos Rolling Stones é um apaixonado pelo R&B feito nos Estados Unidos, principalmente o feito pelas gravadoras Atlantic e Chess. Mas ela não foi no dia e acabou mandando Clive Davids, fundador da gravadora Arista, representá-la no discurso de agradecimento.

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"Ser a primeira mulher a entrar no Hall da Fama do Rock é um momento histórico e um marco na minha carreira... É com gratidão e reconhecimento que aceito orgulhosamente e meu lugar no Hall da Fama do Rock.”

Ao longo dos anos, a “Rainha do Soul” fez participações especiais no evento. Em 1995, ela esteve no evento para cantar "(You Make Me Feel Like) A Natural Woman". Mais de uma década depois, em 2007, ela voltaria ao evento para homenagear Ahmet Ertegün (1923-2006), fundador da lendária gravadora Atlantic e que a contratou em três períodos diferentes da carreira. E em 2009 ela faria parte do grupo de convidados para celebrar os 25 da criação do Hall da Fama do Rock.

A aposentadoria de Aretha Franklin já havia deixado um enorme vazio na música, mas sua morte mostrou que os fãs e admiradores de suas músicas não haviam esquecido dela. Todas as justas homenagens são pequenas perto da força de suas canções. Ertegün resumiu bem quem foi a cantora ao longo de mais de 60 anos de carreira.

“Eu não acho que haja alguém que eu conheça que possua uma voz como a dela e que tenha uma base tão completa no gospel, no blues e na música negra de maneira geral. Ela é abençoada com uma extraordinária combinação de sofisticação urbana com a melancolia do blues. O resultado talvez seja a maior cantora do nosso tempo."












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