YouTube Red, Google Play Musica e a nova tentativa do Google


Há quase três semanas, o YouTube anunciou a criação do YouTube Red, o plano pago da plataforma de vídeos. Ainda existe muita dúvida sobre o funcionamento do serviço, mas uma coisa é clara: isso só saiu do papel por dois motivos. O primeiro deles é o sucesso do Netflix neste ano. Parece que mais gente aderiu, ainda mais com o considerável aumento de atrações inéditas, séries e outras coisas exclusivas.

Mas, talvez, o principal motivo seja outro: o YouTube não se sustenta e vive apenas para manter o serviço no ar, e isso, ao que parece, atingiu um limite insustentável para o Google. Recentemente, a empresa lançou o Google Play Música, semelhante ao Spotify, Deezer e outros serviços de música online. E quem assinar um, automaticamente terá acesso ao outro.

O que ninguém sabe ainda sobre o Google Play Música é a quantidade de assinantes da plataforma e como eles poderão afetar de imediato o YouTube Red, disponível só nos Estados Unidos, inicialmente. Especula-se que o número seja baixo e que, ao atrelar um serviço ao outro, crie-se uma espécie de Google Plus dos serviços de streaming. Sim, aquela rede social que todo mundo tem, mas quase ninguém usa.

Ano passado, o Google gerou uma imensa discussão ao dificultar ao máximo um acordo com as pequenas gravadoras. Tudo ficou acertado, mas a imagem da empresa ficou bastante arranhada. A criação do Google Play Música veio como mais uma forma de a empresa repassar alguma coisa das execuções das músicas, o que raramente acontece no YouTube e, vira e mexe, acontece algum tipo de ação judicial por parte de músicos.

Em um momento em que a concorrência só melhora seu catálogo (Spotify tem o melhor) e divulgação (Deezer Brasil encontrou uma ótima forma ao associar-se com festivais brasileiros), o Google parece gostar de inflar números para mostrar o quão forte ele é. Mas, com quantidade de informações e de empenho por parte dos concorrentes, apenas inflar números e mostrá-los ao mercado é cada vez mais insuficiente ao consumidor, que deseja, cada vez mais, ter chance de fazer suas escolhas ao assinar qualquer tipo de serviço online.

Por isso, muito mais do que atrelar um ao outro, a empresa terá que trazer coisas mais interessantes porque o erro de usar uma coisa em prol de outra já deveria ter sido uma bela lição.



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