Não bastou ser fechado, o Grooveshark foi humilhado


Depois de alguns meses de um longo processo, finalmente a Universal, juntamente com outras gravadoras, teve a vitória que mais ansiava: acabou com o Grooveshark, um dos primeiros serviços de streaming a fazer sucesso – muito antes do surgimento de Spotify, Rdio, Deezer e similares.

No início da semana, durante o julgamento, os advogados das gravadoras estavam pedindo US$ 150 mil por canção colocada irregularmente no Grooveshark – funcionava assim: cada usuário subia a música que quisesse em sua conta, que era compartilhada para os outros em questão de segundos. Ou seja, basicamente, a pirataria era a base para o funcionamento, e o próprio CEO Sam Tarantino era um dos que mais subia canções.

O processo chegou ao fim hoje com uma derrota humilhante. Falido e sem perspectiva, não restou alternativa: um acordo foi assinado entre as partes no início da madrugada brasileira. Além de fechar o site, deletar todas as músicas e encerrar todas as atividades, o Grooveshark precisou pedir desculpas por tudo que fez ao longo dos últimos anos e recomendar o uso de outros sites de streaming e compras em lojas virtuais, como a iTunes Store.

Se no passado não havia alternativas para combater esses sites, hoje há. Com o sucesso e popularidade dos serviços de streaming, mesmo pagando pouco a quem faz a música, as grandes gravadoras vão querer fechar todos os sites que compartilham conteúdo irregularmente, pois, na visão deles, não há motivo para baixar conteúdo ilegalmente se tem como comprá-lo sem sair de casa.

No início dos anos 2000, as gravadoras e músicos aprenderam a lição ao tentar se defender do jeito errado, sem entender o lado do usuário. Parece que agora, uma geração depois, eles cansaram e desejam mostrar que têm a força. Essa vitória abre um precedente para qualquer site que compartilhe músicas, filmes e outros produtos. A primeira grande vitoria veio de forma triunfal.

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