Resenha: Parquet Courts – Sunbathing Animal


O Parquet Courts foi uma das revelações do último ano, mesmo com seu disco lançado em 2012 passando despercebido em alguns lugares, a banda chamou atenção por ter revitalizado o punk e ainda ser do Brooklyn, Nova Iorque, lugar de origem da maior banda punk de todos os tempos – os Ramones.

A abertura, com "Bodies Made of", parece ter sido tirada diretamente do ensaio. A impressão é que a faixa foi pouco mexida no estúdio e foi diretamente para o disco, e isso é um bom início, mostra bem o estilo da banda. Em "Black & White" temos o Parquet Courts como conhecemos: rápido e sem tempo para papo. Outra boa faixa.

Segunda balada do disco, "Dear Ramona" não anima muito e soa como um cover de Lou Reed ou algo do tipo. Completamente descartável, assim como "What Color is Blood?", que não fede, nem cheira – nem mesmo o solo de guitarra anima um pouco. Em "Vienna II", o grupo tenta recuperar um pouco o fôlego, mas ainda é muito pouco.

Depois de todo marasmo, o ritmo retorna em "Always Back in Town", chamando o ouvinte para diversão (#vaitercopa) em uma canção sem frescura, o que é sempre ótimo. Flertando com o psicodelismo, "She's Rolling" surpreende pela tentativa de soar como anos 1960. E consegue, principalmente pelo ótimo trabalho dos dois guitarristas ao amplificar o som em duas, três vezes.

A faixa-título é a mais punk de todas, sem dúvida, e não há tempo para respirar. Aqui, sim, vemos o quão bom é um punk rock de vez em quando. O interlúdio "Up All Night" antecede a balada sem sal "Instant Disassembly". Longa e chata, poderia ter ficado de fora do disco tranquilamente que não faria falta alguma, bem diferente da ótima "Ducking & Dodging", que soa como um Velvet Underground mais rápido. Em "Raw Milk", temos uma banda mais lenta em outra boa faixa que mostra toda versatilidade deles – punk é bom, mas bom é ver o talento de uma banda. Por fim, a acústica "Into the Garden" encerra o trabalho.

A irregularidade é o maior defeito do terceiro disco de estúdio do Parquet Courts. Mais curto e com menos baladas, seria um dos discos do ano. Mas, infelizmente, não é. Natural eles procurarem outros caminhos, mas eles não foram felizes nas escolhas de algumas canções.

Tracklist:

1 - "Bodies Made of"
2 - "Black & White"
3 - "Dear Ramona"
4 - "What Color is Blood?"
5 - "Vienna II"
6 - "Always Back in Town"
7 - "She's Rolling"
8 - "Sunbathing Animal"
9 - "Up All Night"
10 - "Instant Disassembly"
11 - "Ducking & Dodging"
12 - "Raw Milk"
13 - "Into the Garden"

Nota: 3/5



Veja também:
Resenha: The Birds of Satan – The Birds of Satan
Resenha: Jack White – Lazaretto
4 em 1: Adrenaline Mob, Maxïmo Park, Paloma Faith e Wild Beasts
Resenha: Swans – To Be Kind
Resenha: Titãs – Nheengatu
Resenha: Paolo Nutini - Caustic Love



Comentários