Resenha: Black Keys - El Camino


O Black Keys deixou para lançar El Camino, seu sétimo álbum de estúdio, no final do ano, quando a maioria das listas dos melhores está sendo fechadas e deve ter colocado muita gente em dúvida sobre qual posição colocar o álbum, porque ele é, certamente, um dos melhores do ano.

A primeira é a cheia de guitarra e dançante “Lonely Boy”, música que a bateria segue o ritmo e, junto com o baixo, dá o tom. Além do refrão Oh, oh-oh I got a love that keeps me waiting/ Oh, oh-oh I got a love that keeps me waiting/ I’m a lonely boy/ I’m a lonely boy/ Oh, oh-oh I got a love that keeps me waiting, que coloca todo mundo para pular.

A sequência vem com “Dead and Gone”, quando a bateria de Patrick Carney reina sozinha na música até que a guitarra de Dan Auerbach entra para dar o tom dramático à música, que conta uma história de alguém que não recebe muito bem um discurso, fica muito mal com isso e passa a seguir a outra pessoa. “Gold On The Celling” começa no fim de “Dead and Gone” e tem uma pegada bem indie, mas não deixa de lembrar algumas bandas, graças ao uso excessivo dos sintetizadores e dos efeitos na voz.


A quarta faixa é “Little Black Submarines” e é a primeira balada. Após o início agitado, a banda dá uma acalmada e, assim como “Gold On The Celling”, a música lembra muito o White Stripes, que encerrou as atividades no início deste ano. A guitarra, provavelmente, foi inspirada em Jack White e seu estilo único.

Hey my my she's a money maker/ hey my my she's gonna take ya/ way down down she's bound to break ya/ hey may she's a money maker dá a mostra de como “Money Maker” vai funcionar muito bem o vivo. É uma das melhores do disco.

Em “Run Right Back”, o Black Keys mostra que sabe equilibrar bem as funções da dupla na banda, e bateria e guitarra estão em perfeita sintonia. E é uma das melhores do disco e outra que deve funcionar bem nos shows graças ao rifle de guitarra matador na primeira parte. Já em “Sister” e “Hell of a Season”, o álbum passa por uma irregularidade, já que temos uma música abaixo das outras e outra muito legal, respectivamente.

“Stop Stop” é candidata a ser o próximo single da banda. Mais radiofônica do que as outras, o refrão é muito mais grudento e mais fácil de ser gravado (You gotta stop, stop can't you hear me call/ And singing stop, stop it girl/ Yeah you gotta stop, stop can't you see me fall/ And singing stop, stop it girl). Em “Nova Baby”, a banda caprichou e é a melhor música do disco inteiro. Para encerrar El Camino, a banda escolheu “Mind Eraser”, que tem uma letra bem bonita e uma excelente melodia.

O Black Keys voltou com tudo em 2011 e conseguiu colocar seu disco de inéditas entre os melhores do ano em dezembro, o que não é raro, mas não deixa de ser surpreendente. A banda mostra que 2012 pode ser seu ano, porém a concorrência será pesada. El Camino abriu algumas portas e a dupla precisará aproveitá-las.

Nota: 4/5




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